Grã Mestra Shen Hai Min

Demonstração da Grã Mestra Shen Hai Min

- Conheça RAY PRICE



Carta enviada por Ray Price, à seus amigos brasileiros ( com tradução ):

Hello there!

OLA!

It's been a while since I wrote.

FAZ TEMPO QUE NÃO ESCREVO.

There have been many changes in my musical/dance life recently and I thought that I should keep you up to date.

GOSTARIA DE ATUALIZÁ-LOS SOBRE DIVERSAS NOVIDADES EM MINHA CARREIRA, TANTO NA MÚSICA QUANTO NA DANÇA.

First of all, I WILL NOT be visiting Brasil to teach and perform in 2010. It's very sad, but I´ll be back on the first opportunity. In the meantime, YOU can visit ME on the internet.

INFELIZMENTE, NÃO VIAJAREI AO BRASIL EM 2010. MAS CERTAMENTE ESTAREI DE VOLTA NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE. NESTE MEIO TEMPO, VOCÊ PODE ME VISITAR NA INTERNET.

I have turned my Breton band "Trouz Bras" into a traditional Breton dance duo or "Sonerion" (in Breton) / "Sonneurs de Couple" (in French). We will be going back to basics and just playing hard driving, traditional dance tunes. Barry Hall is the talabarder or bombard (oboe) player and I am the biniaouer or biniou (bagpipe) player and dance leader.

TRANSFORMAMOS A MINHA BANDA BRETÃ “TROUZ BRAS” EM UM TRADICIONAL DUO DE DANÇAS BRETÃS , TAMBÉM CONHECIDO POR “SONERION” (NA BRETANHA)/”SONNEURS DE COUPLE” (NA FRANÇA). A IDÉIA É VOLTAR ÀS RAÍZES, TOCANDO AS MELODIAS DAS DANÇAS TRADICIONAIS COMO ERAM ANTIGAMENTE. BARRY HALL É O TALABARDER OU TOCADOR DE OBOÉ E EU SOU O BINIAOUER OU TOCADOR DE GAITA-DE-FÔLES E CONDUTOR DAS DANÇAS.

Our website is:

NOSSO WEBSITE É:
http:/www.trouzbras.com

Our myspace page is:

NOSSO MYSPACE É:
http://raypriceonline.com/l/on92f3/4973350;http://www.myspace.com/trouzbras

I have formed a new ensemble to play concert material which will be much expanded to incorporate Gaelic folk songs, English folk songs, Breton gwerz (sad songs), French chanson, Hurdy Gurdy tunes and much more. We are called "Triple Spiral" and I am VERY excited about the future.

ACABEI DE FORMAR UM NOVO GRUPO, CHAMADO "TRIPLE SPIRAL", E POSSO DIZER QUE ESTOU MUITO ENTUSIASMADO COM SEU FUTURO PROMISSOR. PREPARAMOS UM AMPLO REPERTÓRIO DE SHOWS, INCLUINDO CANÇÕES TRADICIONAIS GAÉLICAS E INGLESAS, MELANCÓLICAS MELODIAS BRETÃS, FRANCESAS, HURDY GURDY E MUITO MAIS!

Here is the lineup:

A FORMAÇÃO É A SEGUINTE:

Ray Price - Vocais, dulcimer elétrico, gaita-de-fôles inglesa, baixo e percussão
Barry Hall – Vocais, violino, bouzouki, didjeridu, baixo e percussão
Lindsay Adler - Vocais, violão e hurdy gurdy
Beth Hall - Vocais, viola, flauta, flautas whistles e bodhran
Sally Sinclair Beckham - Vocais

Sally is adding the beautiful songs of the Highlands and Islands of Scotland - there won't be a dry eye in the house when you hear our new material. She is also adding her vocal skills to our five part harmonies, which are a joy to behold!

SALLY TRAZ AS BELISSIMAS CANÇÕES DAS TERRAS ALTAS E DAS ILHAS DA ESCÓCIA – NINGUÉM CONSEGUIRÁ CONTER AS LÁGRIMAS AO OUVIR NOSSO NOVO REPERTÓRIO. ELA TAMBÉM COLABORA NOS VOCAIS EM NOSSAS HARMONIAS DE CINCO PARTES, QUE SÃO UMA JÓIA RARA!

The Triple Spiral website is:

O WEBSITE DO TRIPLE SPIRAL É:
http://raypriceonline.com/l/e48s40/4973350;http://www.triplespiral.us

The Triple Spiral Myspace page is:

O MYSPACE DE TRIPLE SPIRAL É:
http://raypriceonline.com/l/v560b9/4973350;http://www.myspace.com/triplespiralmusic

I have a brand new personal website - the address is:

MEU NOVÍSSIMO WEBSITE PESSOAL É:
http://raypriceonline.com/l/nq8pr5/4973350;http://www.raypriceonline.com

As a thank you gift for being on my mailing list, you can download a FREE mp3 sound file of my band Trouz Bras performing live on WGBH Radio in Boston, Massachusetts. Just go to my website page to collect your gift:

PENSEI EM LHE AGRADECER POR CONTAR COM VOCÊ EM MEUS CONTATOS, E DEIXEI UM PRESENTINHO ESPERANDO POR VOCÊ EM MEU WEBSITE. PASSE LÁ E FAÇA O DOWNLOAD GRATUITO DE UM ARQUIVO DE MP3 CONTENDO MINHA BANDA TROUZ BRAS, GRAVADO AO VIVO NA RADIO WGBH (BOSTON/MASSACHUSETTS)

http://raypriceonline.com/l/94u42p/4973350;http://www.raypriceonline.com/freedownload.cfm

If you enjoy YouTube, then pay a visit and enjoy what we I have there for you –

SE CURTIR O YOUTUBE, DÊ UMA PASSADINHA E APROVEITE O QUE DEIXEI LÁ PRA VOCÊ –

Here is my final video from my June 2009 trip to Brasil:

AÍ VAI O LINK PARA MEU ÚLTIMO VIDEO GRAVADO NO BRASIL, QUANDO AÍ ESTIVE EM JUNHO 2009:
http://raypriceonline.com/l/0zd17l/4973350;http://www.youtube.com/watch?v=iD8EucauBAQ&feature=player_profilepage

Here is my video channel on YouTube:

ESTE É MEU CANAL NO YOUTUBE:
http://raypriceonline.com/l/gystuv/4973350;http://www.youtube.com/user/CaliburnMedia

Here is the Trouz Bras video channel on YouTube:

E ESTE É O CANAL DE TROUZ BRAS NO YOUTUBE:
http://raypriceonline.com/l/3ejmix/4973350;http://www.youtube.com/user/trouzbras

I know that orkut.com is VERY popular in Brasil, so I have a page there. Please become my friend at:

SABENDO QUE O ORKUT É UMA FERRAMENTA BASTANTE POPULAR NO BRASIL, ABRÍ TAMBÉM UMA PÁGINA PARA MIM. QUER SER MER AMIGO? CLIQUE EM :

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Have a great Spring and Summer and please go out and support LIVE music and dance!

DESEJO A TODOS UMA ÓTIMA PRIMAVERA E VERÃO. AH, E SEMPRE QUE PUDEREM, ASSISTAM A SHOWS DE MÚSICA E DANÇA AO VIVO!

Love and Blessings to Flavia Schneider for weaving her translation magic

MEU CARINHO E BENÇÃOS À FLAVIA SCHNEIDER POR TECER SUAS TRAMAS MÁGICAS DA TRADUÇÃO.

Bye for now,

POR ENQUANTO É SÓ, PESSOAL,
Ray

TEXTOS de Ana Cloe

A MENTE E OS PARADIGMAS
QUE REGEM A PRÁTICA

É sabido que a mente possui, como atribuição que lhe é própria , o mecanismo subjetivo de discriminar , generalizar , julgar , proferir verdades e se identificar com estes mesmos mecanismos a fim de criar um conjunto mais ou menos organizado , que denominamos “ ego” .
Aos poucos e até mesmo inconscientemente , estes mecanismos subjetivos que estruturam nosso Ego , vão se cristalizando e formam o que chamamos de PARADIGMA : Nosso sistema de crenças , nosso referencial interno , nosso ponto de vista , o modelo a partir do qual pautamos nossas escolhas e regulamos nosso comportamento...Enfim , o paradigma é o modo como concebemos o mundo e a nós mesmos.
Assim , podemos afirmar que: a escolha pelo Tai Chi , a maneira como alguém se relaciona com ele e conseqüentemente a maneira como o sujeito movimenta seu corpo , sejam , enfim , o reflexo de um paradigma... O reflexo do que o Tai Chi representa mentalmente .
Por exemplo: Se eu entendo que o Tai Chi é uma prática relaxante , provavelmente este aspecto será por mim priorizado e posso não dar muita importância à maneira como tecnicamente deveria movimentar meu corpo . Ou ainda : Se penso que o Tai Chi tem uma enorme eficácia marcial , eu poderia querer especializar - me na arte do Tui Shou ...Estas percepções da realidade , que nos motivam , em última instância , nos mostram como os paradigmas interferem no curso , no aprendizado do estudante .Também os professores , com seus paradigmas , priorizaram a forma e o conteúdo do seu próprio aprendizado , interferindo , naturalmente na maneira de conduzir as aulas ...
O principal objetivo dos exemplos citados é justamente demonstrar como os paradigmas podem “ raptar a magnitude ” do Tai Chi , tornando-o submetido às concepções e às necessidades de cada um , tornando-o demasiadamente restrito , “pessoal” como um “refém” do Ego , onde as pessoas não estão dentro do sistema Tai Chi , mas , ao contrário , fazem com que o Tai Chi seja e esteja dentro delas , com se ele devesse adaptar-se ao Ego e não o contrário... . Como se o Tai Chi tivesse a personalidade do próprio praticante . Isso causa toda uma série de desvios e enganos.
Muitas vezes , as pessoas têm , por diversos motivos e talvez um deles seja justamente o paradigma por elas adotado , muita dificuldade de estarem submetidas aos motivos , às regras e técnicas que são parte da essência da arte , que conferem identidade e personalidade ao sistema Tai Chi . Com isso , insistem em imprimir seus Egos na forma e movimento , cometendo um engano , pois deveria ser o Tai Chi a estar se imprimindo nelas. Como se o contato com a essência desta Arte estivesse impedido pelas próprias limitações da percepção pessoal da realidade . Às vezes é preciso “sair um pouco “ de si mesmo , entregar-se e , realmente experimentar o Tai Chi . Ter coragem para enfrentar nossas limitações sem maquiagens ou manipulações mentais . Por isso a prática do Tai Chi pode ser uma maravilhosa experiência de auto- conhecimento , de conciêntização de processos inconscientes que regem nosso comportamento e nossa relação com o Tai Chi Corremos o risco de conhecer apenas a ponta do iceberg !



Todos nós , em geral , realmente temos que cultivar nossa atitude de abertura , entrega e confiança , já que temos a tendência natural de sermos dominados pela mente , ou seja , pelas nossas necessidades , pelo Inconsciente , pela nossa história de vida...Tudo isto termina “escoando” para a prática do Tai Chi.
Tai Chi é um conceito filosófico . Então , para que possamos representar o Tao através das Formas , do Tui Shou , teremos que procurar adequar nossos paradigmas , elevar nossa compreensão e entrega .A mente , inquieta como de costume, busca “recriar condições ” que se adaptem à demanda de conforto do Ego , onde os fatores que dificultam o progresso sejam “eliminados” , sem muito esforço ! Com isso , a essência do Tai Chi é perdida . O Ego procura perfeição , porém , através de seu próprios métodos .
Os movimentos devem intencionar à perfeição corporal e energética .A exatidão deve ser buscada , simplesmente porque assim é o Tao . Por isso , há necessidade de adaptar-se às regras da Forma e movimentação.
O Tai Chi é definido também por “meditação em movimento”. Meditação como um estado de quietude , gerado por um fluxo energético incessante, contínuo , desobstruído. Por isso , há necessidade de respeitarmos os requisitos técnicos , baseados na lógica energética do equilíbrio . Tai Chi é a Arte do equilíbrio . Os movimentos são projetados para expressar alternância entre Yin e Yang . Isto precisa acontecer internamente para ser expressado através do movimento . Esta é a intenção . Às vezes , atribuímos outra intenção ao movimento. Esta intenção é a “nossa própria e não a do movimento em si.. ” O aperfeiçoamento da arte , da dita meditação em movimento viria então , com a capacidade da alternância dos estados Yin e Yang , contextualizado em um determinado movimento. Deve-se pois , alcançar um estado de despojamento da sua própria identidade energética , entregando-se , o praticante , inteiramente à demanda energética de cada movimento.A identificação com determinado padrão gera um desequilíbrio de forças , uma polarização . Deve-se trabalhar cada movimento com a intenção de retornar incessantemente e continuamente ao estado de fluidez, desobstruído , não tendencioso , não articulado a qualquer idéia pessoal de como as coisas devem ser .
Na verdade , o Tai Chi flui para a ausência , para o silêncio , para a meditação. Nossa verdadeira identidade também é vazia e ausente. Devemos fluir para este encontro ... Por isso , precisamos conhecer alguns mecanismos que regem o funcionamento mental para que possamos realmente experimentar o Tai Chi . A mente não deve ser negligenciada, pois seus mecanismos podem ser veículo ou o maior impedimento para que se apreenda o que é a essência do Tai Chi : “ausente e silenciosa “ .



DICAS impotantes para a PRÁTICA
do Tai chi com a ESPADA

A ) Sigam os princípios do Taiji :
- O movimento começa pela cintura ( Tan-tien ) , arredondem as articulações , ombros e cotovelos abaixados , joelhos flexionados , topo da cabeça “leve” , passos firmes e suaves , pernas e braços coordenados pelo eixo ( cintura-tronco) . O peso vai junto com o movimento .

B ) Sigam a regra dos 70% :
- Não estiquem os braços , não deixem a postura ficar “angulosa” ou tensa desnecesariamente . Procurem o círculo dentro do movimento .

C ) A energia ( CHI ) ,
precisa passar através da espada :
- Os cotovelos flexíveis são essenciais para que a energia “corra” através da espada . Em todas as posturas .
- Lembrem-se : Para que a espada emita energia de “corte” , técnicamente devemos seguir as seguintes etapas : Primeiro a guarda (punho da espada) e , por último a lâmina . Isso evitará que suas espadas pareçam vassouras ... Lembram-se ?
- Suas espadas precisam “emitir” e/ou expressar uma série de energias: cortar , retalhar , penetrar , estocar , furar , bloquear ...

D ) O braço esquerdo :
- Normalmente “defende” , fazendo movimentos circulares , projetando-se ligeiramente antes da espada .

E ) A mão esquerda :
- Precisa fazer corretamente o MUDRA ( postura dos dedos e da mão) que representa a “outra” espada .
- Na maioria das vezes esta mão faz contato com o pulso ou ombro direito . Mas , cuidado : “ O braço direito não é cabide para a mão esquerda”.

F ) Atitude :
- Mantenha a mente concentrada e o espírito alerta . O olhar deve expressar vivacidade e “ir” guiando o movimento . Não abaixe a cabeça , não olhe diretamente para a espada . Concentre-se na direção do movimento , “alongando” sua intenção ...

Por Ana Cloe
ESPADA TAI CHI
– CONSIDERAÇÕES INICIAIS TAI CHI TIEN
A arte do manejo da espada , pode ser comparada à arte da caligrafia: Requer exatidão , refinamento , onde a espada , assim como o pincel , deve tornar-se a extensão do braço do artista e também deve representar sua energia interior , sua energia pessoal.
Na prática com a espada , três aspectos devem ser lembrados : O primeiro deles pode ser novamente comparado ao uso do pincel , na caligrafia chinesa :A espada deve ser segurada de uma maneira relaxada – não fortemente “agarrada” como fazem os japoneses , com suas espadas e pincéis: Os calígrafos japoneses dão pinceladas fortes e vigorosas e os calígrafos chineses fazem uso maior da suavidade e como no Tai Chi Chuan, praticam a idéia do Yin e Yang , da neutralização e emissão de energia.
Um segundo aspecto , muito peculiar , diz respeito ao fato de que: Ao aplicarmos um golpe , este deve ser objetivo e muito preciso... No momento em que é desferido um golpe cortante no corpo do oponente , por exemplo, o praticante deve mirar num dos pulsos ou em algum ponto específico , de circulação de CHI , para impedir que o adversário use a sua espada. Isto significa que se deve saber exatamente onde golpear , para que seja despendido um mínimo de energia .
O terceiro ponto , talvez o mais profundo de todos os três , é que a prática da espada deve trazer à tona nossa força interior e também as “energias intrínsecas”_( JIN’S) . A ponta e a lâmina da espada se tornam uma extensão de nosso corpo enquanto expressam essas energias. Isto só pode ser atingido através da habilidade em relaxar, trazendo a energia do fundo dos pés até a ponta da espada , ou seja , soltando e direcionando a energia intrínseca para tornar a aplicação precisa e efetiva.

Muitos Taoístas praticam a espada como Chi Kung e mesmo marcialmente , pois a espada é uma arma completa em si mesma .
Os dois mais famosos centros para a prática da espada Tai Chi estão localizadas em Hua Shan e nas montanhas Wu –T’ang . Estes dois centros , juntamente com as famílias Chen e Yang , têm ajudado a promover e preservar a arte da espada Tai Chi.
A maneira tradicional de executar as formas de espada é um pouco mais rápida do que a execução das formas de mãos livres . Aliás , as armas em geral não são praticadas de forma idêntica às formas solo , principalmente no que diz respeito à velocidade. As armas desenvolvem outras habilidades , além do enraizamento , desenvolvimento do chi e intenção mental. A espada desenvolve as mãos , os braços e ensina o praticante a estender a energia intrínseca através da arma e também expressar as sutilezas dos movimentos Yin e Yang .
Bem , vale lembrar também que as formas de espada , podem ser executadas de forma lenta , como quando se pratica as formas de mãos livres. Sun LuTang ,por exemplo , o idealizador do estilo Sun de Tai chi,desenvolveu esta maneira de praticar a espada.Ele também era um adepto de Pa kua e Hsing-Yi . Escreveu um livro sobre espada Pa Kua , que não foi completado devido a sua morte.Enfim , sua maneira lenta de conduzir a espada influenciou muitos praticantes de Tai Chi.
A espada possui um tassel atado a ela , o que cria mais uma razão para que se pratique de forma mais rápida , pois , de outra maneira , simplesmente o tassel não seria utilizado. O tassel, expressa o grau de habilidade no manejo da espada , pois é um elemento a mais a ser integrado e utilizado harmoniosamente . Ele conduz alguns movimentos , dando graça e beleza à forma , podendo ser usado também de forma ofensiva , tornando a prática muito refinada. Assim,os movimentos da lâmina , aliados ao do tassel , podem ser também um dos indicadores do nível atingido pelo praticante.
Em relação à mão esquerda , podemos dizer que esta possui uma função de suporte à espada:Os dedos indicador e médio , juntam-se , enquanto o polegar é dobrado sobre o dedo mínimo , como se a mão fosse transformada em uma outra espada.... Esta espada invisível estimula a circulação de CHI através dos pulsos e pode ser usada para atingir o oponente em seus pontos vitais.Vale lembrar também que o braço e a mão esquerda dão graça e beleza aos movimentos da espada , harmonizando o fluxo de energia.
T. T. Liang , principal discípulo de Chen Man-ching , dizia que , na mística tradição da Espada Tai Chi , o praticante deve cultivar seu espírito até poder juntar-se aos imortais...

A espada atravessa os tempos e portanto fascina culturas pelo mundo afora , como símbolo de poder iniciático... Ícone da coragem e poder.
No Oriente , a espada é arte , arte espiritual, veículo da transcendência.
Na iconografia budista, por exemplo, a espada evoca o ato de “cortar” a ignorância e a ilusão, exorcisando-as da consciência....Na tradição Taoísta , os Imortais “apontam o caminho “ com suas espadas. Aliás , “o Imortal aponta o caminho” é também o nome de uma das primeiras posturas na forma de Espada Tai Chi. Os princípios da Espada , se bem compreendidos e cultivados , devem guiar-nos à iluminação, ao estado de Shen Ming , de realização , onde a espada não é mais necessária , onde há somente a“arte sem arte”...
Quando praticamos as formas com qualquer tipo de arma , devemos desenvolver a habilidade de enviar nossa energia além do nosso corpo,ou seja , o Chi deve animar os movimentos , deve expressar-se através e para além de nossas mãos...A espada , como arma nobre e sofisticada , deve condensar a maestria do Chi.
As energias intrínsecas , ou as diferentes qualidades e expressões da energia interior , ou “JIN” ,devem ser cultivadas através da alquimia interna: O SHEN/YI (espírito-mente) e o CHI, quando relacionados , levam a uma expressão energética que deve ser transmitida à espada . Seus movimentos devem expressar diferentes qualidades energéticas , diferentes manifestações. Por exemplo : Além de Peng Jin ( a energia de expandir) , Lie Jin( a energia de cortar , partir , dividir) , Fa Jin ( a energia de emitir) , Li Jin ( a energia de ceder ), San Tzu Jin ( a energia de espiralar), a espada requer também outras qualidades de Jin como a energia do açoitar , interceptar , apunhalar ,bloquear , penetrar ...
Essas energias fornecem as chaves umas das outras , desenvolvendo nossas faculdades sensitivas , pois também são aspectos internos de uma postura.
Quando praticamos, a energia intrínseca é dirigida para as mãos , estendida para fora , expressando o Jin através da espada.Assim , a arma expressa todo o fluxo energético.Vale lembrar também, que as armas mantém todos os outros princípios clássicos de movimentação, próprios ao sistema Tai Chi.

OBS: Este texto é uma compilação e tradução livre , que procurou elucidar algumas idéias contidas na introdução do livro: “Tai Chi Thirteen Sword- A Sword Master’s Manual” de Stuart Olson . Esse livro é uma compilação de uma série de escritos reunidos pelo autor , que, com o auxílio de três grandes mestres de espada , Chen Wei Ming , Hsiung Yang ho e T. T. Liang , tornou possível o acesso a estes conhecimentos em língua inglesa.


A ARTE sem ARTE

Alguém que seja praticante das Artes Marciais , inevitavelmente em algum momento do caminho , irá deparar-se com a necessidade de manejar seu corpo , sua energia e , ou também sua arma de forma “espiritualizada”.
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Evidentemente , nos habituamos aos treinamentos , que devem desenvolver o conhecimento e conseqüentemente a habilidade e maestria na arte. Porém , este não é um fim em si mesmo. O caminho ainda não está completado .
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Os tratados sobre artes marciais , versam longamente sobre este ponto do caminho . Os mestres explicam que , após o domínio das técnicas , outras habilidades deverão ser conquistadas pelo estudante. Neste momento se fará necessário encontrar-se com a “arte sem arte” , ou com a “arte da não –arte”... Isto significa que , todo o conhecimento e habilidade devem ser transcendidos .
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Eles mesmos tornam-se obstáculos ao caminho . Nossas habilidades ainda sofrem influências da própria mente , do ambiente e dependem do corpo físico.Estamos operando ainda na esfera da dualidade , do mundo manifesto .
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Os mestres observam que os discípulos , mesmo os mais hábeis , perdem a confiança e naturalidade diante de alguém que imaginam ser superiores a eles .Encontrando-se , numa situação ainda pior que a anterior , a dos iniciantes , pois admitem que podem fraquejar diante de alguém com habilidade superior.
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Para eles , parece não haver saída a não ser o treinamento incansável. O próprio mestre não lhes pode aconselhar outra coisa a não ser procurar converter a técnica em arte ! Adquirindo “presença de espírito” ou a “mobilidade do coração”.
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O discípulo só progredirá se ele puder desprender-se de toda a intenção e também de seu próprio eu , onde tudo se desvanecerá no vazio ...Não havendo “eu”, não há adversário , não há meta , não há reflexão ,não há sequer a própria arte...Simplesmente o movimento acontece , “algo” faz acontecer , simplesmente porque é , por que se está ali... Mas como se pode então , espiritualizar a arte?! Como reverter a situação? Bem , simplesmente pela prática diligente , cotidiana, ao mesmo tempo descompromissada... como se “treinássemos” , sem qualquer objetivo...Sem propósito consciente ...
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É sabido que o treino que visa apenas a habilidade , tende a se tornar obsoleto , sem função genuína em nossas vidas. Este estado de consciência é descrito por Eugen Herrigel em seu livro A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen: “Atingir o alvo sem fazer pontaria, esquecendo-se da meta e da intenção de atingi-la.”
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Ou ainda , no texto de Gusty Herrigel em O Zen Na Arte Da Cerimônia das Flores : “ A longa prática vai dando polimento aos hábitos, até que a forma pura fale através da obra.Nas etapas avançadas da evolução, a originalidade se mostrará cada vez mais livre , tornando-se despojada e límpida, até fundir-se com a verdade pura , na unidade perfeita , que se expressa na essência da arte .”
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Este estado de coisas também pode ser comparado, ainda mais profundamente , à maneira de viver , como diz D. T. Suzuky : “Viver Bem , inclui uma certa técnica , inclui escolhas e adaptações...O que é diferente da Arte de Viver, que engendra a compreensão do seu significado , a apreensão de seu mistério”.
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Em verdade se treina para que um dia tudo isto possa ser abandonado.Todo o tempo as artes nos encaminham para esse lugar.
O mestre teria a responsabilidade de fazer com que o aluno descubra a via de acesso a este caminho , que não inclui , todavia, o intelecto .
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Como podemos ver , esta questão é amplamente citada em toda a literatura Zen , mais especificamente, àquela chamada de o “ Zen do guerreiro”, já que a classe Samurai encontrou no Zen , uma enorme fonte de alimento e serenidade. Inclusive , dentro das artes marciais japonesas há o BuDo, ou” o caminho do guerreiro”: O conceito Do , pode ser comparado ao Tao e permeia todo o treinamento Zen , onde a experiência direta do estado meditativo é o objetivo e foco do treinamento , chamado de Mushin, ou não-mente.
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No Taoísmo esse estado chama-se Shen Ming . Como se a própria mutação , ou “a dança das dez mil coisas”, nos levassem naturalmente à grande diluição , ao silêncio , ao estado de ausência , para a fusão com o Tao , com o Princípio que rege todas as coisas . Assim , não há mais arte , nem tampouco o artista...
Podemos então , nos abrir para esta possibilidade , a partir de um propósito de abetura e constante permissão , para simplesmente deixar que nossa prática “seja”!